Delegado regional da Polícia Civil em Vilhena conta alguns detalhes do crime que chocou o Cone Sul
VILHENA – Em coletiva de imprensa realizada na manhã desta quinta-feira, 10, O delegado regional da Polícia Civil em Vilhena, Fábio Campos, contou detalhes do bárbaro assassinato do ex-cabelereiro e deu detalhes sobre a localização do corpo enterrado em uma cova rasa no quintal da casa do sobrinho que o assassinou. Sobre a cova, Jhon Rodrigues Nascimento, de 28 anos, sobrinho e executor da vítima, construiu uma calçada para erguer uma churrasqueiras que usaria para celebrar seu noivado com uma festa.
O ex-cabeleireiro Nilton César Santos do Nascimento, de 43 anos, foi assassinado a facadas pelo próprio sobrinho, Jhon Rodrigues do Nascimento, de 28 anos, que confessou o assassinato e alega legítima defesa.
De acordo com o delegado, a localização do corpo de seu através de uma denúncia anônima dando conta de que Nilton, que até então era dado como desaparecido, na verdade havia sido assassinado e enterrado no quintal da casa do próprio sobrinho.
Diante da nova linha de investigação, o caso foi repassado ainda na noite do dia 8 para a Delegacia de Homicídios, cujos investigadores se dirigiram logo no início da manhã de quarta-feira, 9, até a residência do suspeito, localizada na avenida Neide Maria Fantin Pires, no bairro Bodanese e interrogaram o jovem sobre as informações, fotografando o local, já para evitar a remoção do corpo, que segundo o denunciante, estaria lá.
Porém, o assassino negou a prática do crime, afirmando até mesmo que os policiais poderiam escavar o local que nada seria encontrado.
No entanto, já por volta das 17h, enquanto os policiais entravam com a documentação para a escavação do local, o rapaz compareceu na delegacia na companhia de um advogado e confessou que tinha matado e enterrado o tio no quintal de casa, concretando a cova e construindo uma churrasqueira em cima.
Ainda em seu depoimento, o suspeito alegou ter agido sozinho e em legítima defesa, relatando que o tio, após ingerir bebidas alcoólicas e fazer uso de drogas no local, havia ficado inconveniente, tendo ele até mesmo ligado para a Polícia Militar antes do crime, para que comparecesse ao local e retirasse Nilton de lá.
Porém, de acordo com o delegado, tais informações serão apuradas, uma vez que o jovem alega legítima defesa diante de uma discussão onde o tio teria se apossado de uma faca para feri-lo. No entanto, o primeiro golpe que Nilson recebeu do sobrinho, foi nas costas e outros três na garganta, o que por si só já descaracterizaria a alegação do acusado.
Por fim, o delegado Fábio Campos afirmou que apenas com a confissão do sobrinho, o caso não será encerrado, pois ainda há várias situações a serem investigadas. Jhon, que é réu primário, continua detido e à disposição da justiça.
Fonte: Folha do Sul