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“O que tem no interior é o que falta em Porto Velho: industrias que geram emprego e renda”, diz Pimenta de Rondônia

“O que tem no interior é o que falta em Porto Velho: industrias que geram emprego e renda”, diz Pimenta de Rondônia

Confira os principais momentos da entrevista.

Por RedaçãoDIÁRIO DA AMAZÔNIA

 

Candidato ao Governo de Rondônia Pimenta de Rondônia — Foto: Natália Figueiredo/Diário da Amazônia

O candidato ao Governo de Rondônia, Pimenta de Rondônia (PSOL), participou da Sabatina Eleições 2022, transmitido pela RedeTV!, nesta segunda-feira (29), em Porto Velho (RO). O candidato teve uma hora para responder às perguntas mediadas por Léo Ladeia e Domingues Júnior. Confira os principais momentos da entrevista.

O candidato iniciou a entrevista saudando todos os rondonienses. Com destaque às famílias enlutadas pela covid-19. Em seguida, falou sobre parte da história dele de mais de 50 anos morando em Rondônia.

Economia

Primeiramente, Domingues Júnior citou que Pimenta Bueno, cidade onde reside a família do candidato, tem a maior fábrica de bicicletas do Brasil e que é um exemplo de cidades do interior do estado. Em seguida perguntou ao candidato que diferenças há entre o interior e a capital e o que um candidato ao Governo de Rondônia precisa saber quando se fala de interior e capital.

“O que tem em Pimenta Bueno é o que falta em Porto Velho, que é uma indústria que gera emprego e renda. Sem contar com as olarias, fábricas de tijolos, fábricas de telhas, fábrica de confecções também, indústria de roupas. E Porto Velho não tem”, disse Pimenta de Rondônia.

Além disso, o candidato citou sobre o processamento dos grãos de café que é feito nas cidades do interior. Que posteriormente são industrializados para serem vendidos a outros estados.

“Nós vamos abrir novos vetores para o escoamento da produção. Nós iremos fazer a estrada, a rodovia da fronteira para escoar toda a produção. Mas para isso temos que construir um armazém geral”,

Qual a origem dos recursos para executar tais planos?

“Existe empresário em Rondônia que sonegou e que deve para o fisco do estado mais de 500 milhões. Quem deve tem que pagar. Primeiro nós temos que fiscalizar e receber o que deve para o estado. Porque é com imposto que se faz saúde, educação e segurança”, disse Pimenta de Rondônia.

Da mesma forma, uma outra alternativa citada pelo candidato é reduzir os cargos comissionados: “Um estado que tem quase 50 mil servidores não precisa de 5 mil comissionados”, disse. Além disso, falou sobre trazer empresários, e indústrias para trabalhar o material e revender com mais valor.

Polarização política

Foi perguntado ao candidato como ele pretende conquistar a maioria dos eleitores de Rondônia, tendo em vista que pesquisas indicam que os rondonienses são simpatizantes da direita ou conservador.

“Quando você tem um estado pobre, você tem um estado com pessoas passando fome. Quando você tem um estado que as drogas batem às portas junto com a violência. Ainda há a questão do fundo político. Tem partido com 6 milhões, 10 milhões para fazer campanha. Meu amigo, existem pessoas que na hora de votar, votam com a barriga”, disse o candidato.

Em seguida, foi questionado ao Pimenta se ele tem algum receio que a polaridade partidária evolua para violência.

“Eu digo para as pessoas o seguinte. O pai de família que entra na política para querer fazer maldade, para querer ser homofóbico, ser tirano, ele esquece que tem família. O meu filho, eu crio para ser homem, para ser cidadão, não me importa se ele é da esquerda ou direita, ele tem que obedecer a constituição”, disse Pimenta de Rondônia. Por fim, o candidato fez um apelo aos eleitores pedindo que não briguem por causa de política, que não matem por causa de política.

Fundo Partidário

O mediador, Léo Ladeia, questionou o Pimenta de Rondônia sobre o fundo partidário destinado ao PSOL de Rondônia. Por fim, perguntou se o partido está estruturado no estado com prefeitos e vereadores.

“O PSOL recebeu em todas as candidaturas em Rondônia R$ 500 mil, foi o repasse do fundo para o PSOL. Só no nosso programa de televisão gastamos R$ 200 mil. O PSOL tem filiado em 22 municípios, mas não temos vereadores. Mas aqui tem partidos que receberam 600 e poucos milhões e também não tem vereador e nem prefeito”, disse Pimenta de Rondônia.

Em contrapartida, os mediadores falaram sobre o programa base do partido que é adaptado para cada estado, conforme a realidade e necessidade de cada ente.

“O nosso programa de governo é anexado ao nacional. Para Rondônia, nós anexamos alguns pontos que são prioridades para nós [federação e rede] nessa eleição. Primeiro combate a fome, segundo a pobreza, terceiro meio ambiente. As pessoas não estão dando conta, mas no rio Machado há lugares em que é possível andar de pé”, disse Pimenta de Rondônia.

Educação

Ao ser questionado sobre o cenário educacional no estado, o candidato respondeu.

“A educação, as nossas escolas, a grade de ensino de Rondônia tem poucos doutores e nós precisamos fazer uma reciclagem e melhorar o ensino. Há quatro anos eu já dizia que se eleito governador, nós iremos aplicar o Plano Nacional da Educação”, disse Pimenta de Rondônia.

Segurança Pública

Da mesma forma, o candidato fez críticas a retirada de parte do efetivo policial para ocuparem cargos no Poder Executivo e Legislativo de Rondônia.

“Rondônia tem dentro da polícia no total 5 mil homens, hoje não tem 2 mil trabalhando. Ainda ontem eu estava no Palácio do Governo, fui na praça. E três oficiais vieram falar comigo, dizendo que eu não poderia gravar naquele local. Agora imagina três oficiais da polícia vir dizer para o Pimenta de Rondônia que eu não podia estar gravando ali naquela praça. Que absurdo. Eu vou pegar esses três cidadãos e mais policiais civis e militares que estão carregando pasta de político, como na assembleia do estado que tem mais de 50 [policiais] fazendo a segurança para deputado, não sei para que, e colocar eles para trabalhar pela segurança pública”, disse Pimenta de Rondônia.

O candidato Pimenta de Rondônia disse ainda que em Rondônia há mais mortes violentas que no Afeganistão.

“Houve num fim de semana num dia desse mais de 20 ocorrências de violência doméstica. O que é isso. Isso é falta de Governo, falta de comando, falta de gestão e vocês se lembram que todos esses cidadãos que estão aí falavam de gestão. E olha o fracasso que está Rondônia”, disse Pimenta de Rondônia.

Além disso, o candidato criticou o atual cenário da segurança pública no estado. Criticando a aparente expansão das facções nos residenciais da capital.

Saúde

Ao ser questionado sobre o cenário da saúde no estado, Pimenta de Rondônia falou sobre as obras paradas no estado.

“A primeira coisa em nosso governo é tomar de conta das construções dos hospitais. Nós temos construções de hospitais em Guajará-Mirim, Ariquemes e outros lugares, essas construções têm que terminar. Nós temos que tratar da regionalização da saúde colocando médicos, equipamentos e remédios”, disse Pimenta de Rondônia.

Considerações finais

Ao fim da entrevista o candidato disse:

“Eu irei governar para todos, irei governar para quem é bolsonarista, que é lulista. Eu irei governar para todos, com Michele Tolentino”, finaliza Pimenta de Rondônia.

Quem é Pimenta de Rondônia?

Nascimento Antônio da Silva, conhecido como Pimenta de Rondônia, nasceu em Cidade Gaúcha, no interior do Paraná e há mais de 25 anos trabalha como comerciante em Porto Velho.

Em 2018 ele concorreu na eleição majoritária ao cargo de governador.

Sabatina Eleições 2022

A “Sabatina Eleições 2022” está sendo transmitida ao vivo pela RedeTV! Rondônia (Canal 17) na Capital, com retransmissão nas cidades com cobertura da emissora e pelo Diário da Amazônia. O telespectador e internauta vão acompanhar tudo em multiplataformas (Facebook, Instagram e Youtube).

A rodada de entrevista iniciou na última segunda-feira (29), e vai ao ar até 6 de setembro, às 20:30.

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