Ex-presidente é alvo de investigação da Polícia Federal
O ex-presidente Jair Bolsonaro falou há pouco sobre a operação da Polícia Federal (PF). Os agentes cumpriram um mandado de busca e apreensão na casa de Bolsonaro nesta quarta-feira, 3. O ex-ajudante de ordem Mauro Cid e dois ex-seguranças foram presos.
“O objetivo da busca e apreensão na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro: cartão de vacina”, disse Bolsonaro. “Eu não tomei a vacina após ler a bula da Pfizer. Foi uma decisão pessoal minha”, declarou. “Em momento nenhum eu falei que tomei a vacina e eu não tomei”, reiterou.
Segundo Bolsonaro, os agentes da PF tiraram cópia do cartão de vacina dele e da ex-primeira-dama, Michele Bolsonaro, e levaram o seu celular. “O cartão de vacina da minha esposa foi fotografado”, disse. “Ela tomou a vacina nos Estados Unidos, da Janssen. A outra minha filha que eu respondo, a Laura, de 12 anos, não tomou a vacina também. Tem um laudo médico sobre isso.”
“Eu realmente fico surpreso com a busca e apreensão por esse motivo”, disse o ex-presidente. “Nunca me pediram cartão de vacina em lugar nenhum, não existe adulteração”, continuou. Antes de finalizar a entrevista na porta da casa do ex-presidente em Brasília, disse que “no Brasil é proibido falar sobre vacina”.
O advogado de Bolsonaro explicou, em seguida, que a defesa não teve acesso ao inquérito. “O que foi noticiado por vocês é que se trata de um cartão de vacina”, disse Marcelo Luiz Ávila de Bessa. “É um ato que eu considero arbitrário, precipitado. Após termos acesso ao inquérito nós daremos outras declarações.”
A PF investiga um grupo suspeito de inserir “dados falsos” da vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde. A apuração ocorre no âmbito do inquérito das milícias digitais, conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
(revistaoeste)