PORTO VELHO – Três meliantes integrantes de fação criminosa foram condenados pelo Tribunal do Júri a mais de 21 de cadeia pela execução de um rival que deixaria a facção para aderir a outro grupo criminosos. De acordo com a denúncia resultante das investigações e apresentadas à Justiça pelo Ministério Público, os acusados atraíram a vítima para o residencial ‘Orgulho do Madeira’, com a desculpa de que iria entregar uma arma antes de deixar a quadrilha.
Na tarde de 28 de novembro do ano passado – pouco mais de um ano atrás – a vítima identificada como Juscelino Júnior Matos Magalhães foi executada a tiros no conjunto habitacional ‘Orgulho do Madeira’, na capital.
Juscelino chegou ao residencial e foi recebido por aqueles que seriam seus novos ‘parças’ no crime. No entanto, quando ele entregou a pistola, os suspeitos não o aceitaram na facção e o mataram com a arma que ele trouxe, de acordo com a 2ª Delegacia Especializada em Repressão aos Crimes contra a Vida.
O julgamento aconteceu na última terça-feira,5, na 2ª vara do tribunal do júri, em Porto Velho.
Segundo as investigações, a vítima integrava uma organização criminosa, mas decidiu que migraria para a facção rival. Os seus até então colegas de crime teriam dito que aceitaria a deserção dele desde que ele entregasse uma arma de fogo.
No dia do crime, a vítima, de posse de uma arma, se dirigiu ao conjunto habitacional, usando um carro por aplicativo solicitado pelos próprios membros da facção para a qual entraria.
Ao chegar ao local, dois dos réus, a mando do terceiro condenado, detiveram a vítima e “decretaram” sua morte, levando-a até uma área de mata, onde foi executada com diversos disparos de arma de fogo.
O Ministério Público sustentou desde a denúncia que os acusados cometeram crime mediante motivo torpe, com recurso que dificultou a defesa do ofendido e com emprego de arma de fogo.
Quem é Juscelino Júnior?
Ele tinha apenas 16 anos quando se tornou suspeito de ser o mandante da morte do próprio pai. O adolescente, na época, contratou quatro homens, em troca de R$ 20 mil, para simular um assalto e tirar a vida de Juscelino Fotele Magalhães.
O adolescente chegou a ser encaminhado a uma unidade de internação e foi liberado. Em novembro de 2022 o corpo do jovem foi encontrado em um matagal da Zona Leste de Porto Velho. De acordo com o boletim de ocorrência, o corpo foi localizado na beira de um córrego com 10 perfurações por arma de fogo: no pescoço, testa, cabeça e mão.
Segundo a Polícia Civil, a morte de Juscelino Júnior não tem ligação com o assassinato do pai dele.
Fonte: Com informações da gerência de comunicação integrada (GCI-MPRO) e do G1 Rondônia