Uma homenagem à fé, à história e ao povo das Assembleias de Deus no Brasil
Moiseis Oliveira da Paixão*

No calendário cristão consagrado,
Dezesseis mais dois é revelado:
Dezoito de junho, luz sem véu,
Festa na Terra, júbilo no Céu.
Dia do povo que a fé não disfarça,
Que ama a Palavra, que jejua e ora em praça.
Não é só data, é marco de um clamor,
De almas salvas pelo puro amor.
Na história escrita com joelhos no chão,
Surge o Evangelho com força e unção.
E o Brasil, pátria tão gentil,
Ouviu da cruz a mensagem sutil.

Em Belém do Pará, terra de luz,
Começaram a pregar, o Evangelho de Jesus.
Ali, dois homens vindos do Norte,
Gunnar e Daniel, com fé mais forte,
Ergueram o nome do Salvador,
E nasceu a Assembleia com santo fervor.
Ano de mil novecentos e onze, então,
Soprou o vento da renovação.
Pequeno rebanho, mas coração ardente,
Plantaram sementes com amor fervente.
E o que era pequeno, o Senhor abençoou,
Virou multidão que o mundo alcançou.
Hoje celebramos com fervor sincero,
O evangelho vivo, puro e verdadeiro.
Não é religião, é vida e salvação,
É Cristo reinando no coração.
É fogo que arde e nunca se apaga,
É luz que brilha na noite mais larga.
É Bíblia aberta em cada lar,
Louvor nas ruas a ecoar.
É culto simples, mas cheio de glória,
De quem tem no céu sua real vitória.
É o povo de Deus em constante missão,
Pregando arrependimento e conversão.
O Dia do Evangélico não é só memória,
É chama viva, é parte da história.
É reconhecer o sangue do Cordeiro,
Que nos fez povo eleito e verdadeiro.
É dar ao mundo, com amor e clareza,
O pão da esperança, a luz da certeza.
Somos aqueles que louvam cantando,
Mesmo com lágrimas, seguimos orando.
Nas praças, nos lares, nos montes, no chão,
Erguemos os olhos e o nosso clamor.
Vivemos por Cristo, com fé e coragem,
Marchamos unidos com força e mensagem.
18 de junho — lembrança sagrada,
Data de bênção eternamente guardada.
De vozes unidas em santo louvor,
De corações cheios do puro amor.
O Brasil celebrou, e continua a dizer:
“Jesus é o Rei, e sempre há de ser!”
Gunnar e Daniel obedeceram a voz,
Vieram ao Brasil, guiados por nós?
Não! Foram guiados pelo grande “Eu Sou”,
Que com graça e poder aqui os lançou.
Fundaram a obra, fincaram raiz,
E a Assembleia de Deus hoje o país diz.
Do Norte ao Sul, em cada rincão,
Se ouve o evangelho em cada canção.
É a fé que transforma, que cura e liberta,
Que abre caminhos e portas abertas.
É Cristo reinando em meio ao louvor,
Mudando a história com graça e amor.
Em Cacoal brilha a luz do Senhor,
Na Assembleia de Deus, fervor e amor.
Com Paulo Costa, pastor de visão,
Guiando o rebanho com dedicação.
Homem que ora, sonha e constrói,
E em cada alma, a verdade semeia e atrai.
Sob sua liderança firme e fiel,
A igreja cresce sob o olhar do Céu.
Missão, ensino e avivamento real,
É o que se vive em solo cacoalense, tão leal.
E a Palavra ecoa com poder e paixão:
“Jesus é o Rei desta congregação!”
Com coração humilde e voz de irmão,
Escreve estes versos com devoção,
O obreiro Moisés com voz sincera,
Poeta assembleiano desta era.
Homenageando com amor e ardor,
Os santos do Brasil que servem ao Senhor.