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Alimentação registra queda de preços no IPCA pelo terceiro mês consecutivo

Alimentação registra queda de preços no IPCA pelo terceiro mês consecutivo

Dados referentes ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de agosto foram divulgados nesta terça-feira
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O tomate foi um dos itens com maior baixa registrada em agosto, de 7,19%. Foto: Toper Domingo / Pixnio

Batata, feijão, tomate, leite, frango e carnes. O grupo “Alimentação e bebidas” registrou queda de preços pelo terceiro mês consecutivo, de acordo com os dados apresentados nesta terça-feira (12/9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referentes ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

O recuo deste grupo foi de -0,85%, em grande parte devido à redução nos preços da alimentação no domicílio (-1,26%). A maior queda foi a da batata-inglesa (-12,92%) e destacam-se ainda o feijão-carioca (-8,27%), o tomate (-7,91%), o leite longa vida (-3,35%), o frango em pedaços (-2,57%) e as carnes (-1,90%).

“Temos observado quedas ao longo dos últimos meses em itens importantes no consumo das famílias como a carne bovina e o frango. A disponibilidade de carne no mercado interno está mais alta, o que tem contribuído para a queda nos últimos meses”, destaca o gerente do IPCA/INPC, André Almeida.

INFLAÇÃO – No geral, a inflação de agosto foi de 0,23%, 0,11 ponto percentual acima da taxa de 0,12% registrada em julho. No ano, o IPCA acumula alta de 3,23%. Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, seis tiveram alta. O maior impacto (0,17 p.p) e a maior variação (1,11%) vieram de Habitação, com destaque para o subitem energia elétrica residencial, com um aumento de 4,59% e impacto de 0,18 p.p. no índice geral.

“O aumento na energia elétrica foi influenciado, principalmente, pelo fim da incorporação do bônus de Itaipu, referente a um saldo positivo na conta de comercialização de energia elétrica de Itaipu em 2022, que foi incorporado nas contas de luz de todos os consumidores do Sistema Interligado Nacional em julho e que não está mais presente em agosto”, explica André Almeida.

INPC – Também foi divulgado hoje o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que teve alta de 0,20% em agosto, acima da variação do mês anterior (-0,09%). No ano, o INPC acumula alta de 2,80%.

Os produtos alimentícios apresentaram variação de -0,91% em agosto, após queda de 0,59% em julho. Nos produtos não alimentícios, foi registrada alta de 0,56%, acima do resultado de 0,07% observado em julho.

Duas áreas registraram queda em agosto. O menor resultado foi em Belo Horizonte (-0,24%), onde pesaram as quedas de 9,09% nos preços dos ônibus urbano e de 7,15% no frango em pedaços. Já a maior variação, ocorreu em Belém (0,74%), puxada pela alta de 8,82% na energia elétrica residencial.

O IPCA abrange as famílias com rendimentos de 1 a 40 salários mínimos, enquanto o INPC, as famílias com rendimentos de 1 a 5 salários mínimos, residentes nas regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, além do Distrito Federal e dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju. O próximo resultado do IPCA, referente a setembro, será divulgado em 11 de outubro.

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