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InícioGeralARISTÓTELES FÉLIX QUINTELA ENTRA PARA A GALERIA DOS PROFISSIONAIS DA IMPRENSA RONDONIENSE.

ARISTÓTELES FÉLIX QUINTELA ENTRA PARA A GALERIA DOS PROFISSIONAIS DA IMPRENSA RONDONIENSE.

ARISTÓTELES FÉLIX QUINTELA ENTRA PARA A GALERIA DOS PROFISSIONAIS DA IMPRENSA RONDONIENSE.

Gente, como é dolorido receber a notícia que uma pessoa amiga faleceu. Aconteceu hoje comigo. Pela manhã, tomei conhecimento que Aristóteles Félix Quintela, o queridíssimo Telinha, tinha desmaiado e fora socorrido ao Hospital 9 de Julho. Não passou nem duas horas e Ronaldo Affonso detona a bomba: Telinha faleceu! Procurei o chão. Telinha era, para mim, um filho. A história é longa mais merece ser contada.
No final dos anos 80, contratei o repórter fotógrafo Estevão Paz Quintela, que trabalha no jornal A Tribuna – hoje extinto, para fazer a cobertura policial, pois eu tinha assumido a Editoria do jornal O ESTADÃO DO NORTE e tinha recebido carta-branca do empresário Mário Calixto – dono do matutino, para promover todas as mudanças que entendesse, desde que houvesse o crescimento na tiragem do jornal.
Passei um final de semana pensando que caminho tomar para cumprir o compromisso com Mário Calixto, pois na segunda-feira estaria à frente da Editoria Geral de O ESTADÂO. Depois de muito pensar, entendi ser necessário – dentre várias outras tomadas de decisões – contratar profissionais para a redação. Assim, foi que o fotógrafo Quintela foi – juntamente com o saudoso Sérgio Valente, o primeiro a desembarcar no prédio da rua Duque de Caxias.
Com o crescimento do jornal se consolidando, depois de alguns meses, se fazia necessário novas contratações. Eis que – um belo dia, o fotógrafo Quintela – depois de retornar de sua ronda policial pela Central de Polícia e Distritos Policiais, senta à minha frente e diz-me que está com um problema sério. Indago qual! Ele me conta que tem um filho – no caso seria o Aristóteles Félix Quintela – que está para completar 15 anos e pode estar sendo cooptado pelos marginais dos bairros Areal e Mocambo para o caminho das drogas. Peço para ele trazer o menino no dia seguinte.
Nessa altura do campeonato, o jornal crescia velozmente na preferência popular e não havia diagramadores. Natalino, o diagramador oficial, estava para ir embora de Rondônia. Não pensei duas vezes: liguei para Paulo Lira, diagramador do jornal Diário da Borborema, em Campina Grande (PB) e perguntei-lhe se não queria vir passar um tempo em Rondônia e treinar jovens para serem diagramadores. Convite aceito. Daí surgiu a ideia de colocar Telinha para aprender diagramação com Paulo Lira. Assim foi com Ronaldo Affonso, Beth Lucas e, de quebra ainda contratei Félix, que era diagramador de
A Tribuna. Paulo deixou Telinha pronto. Com pouco mais de 15 anos, o contratei como menor aprendiz – inicialmente, e depois o efetivei.
Sempre alto astral, Telinha – por ser o mais novo da redação, era objeto de brincadeiras saudáveis. Uma vez pediram para ele ir buscar o “Livro de Sete Capas”. Não precisa dizer que Telinha percorreu todos os setores de O ESTADAO em busca do citado livro, pois eu precisava para fazer umas pautas. Depois de subir e descer escadas, Paulo Queiroz perguntou-lhe, rindo demasiadamente, se ele já tinha visto um livro com sete capas. Foi uma sonora gargalhada na redação e que Telinha tirou no mais puro alto astral.
Mas, havia um problema do Telinha quanto a se enturmar. Na redação era tudo de bom, mas não podia ir para os bares com a galera por ser de menor. No dia que completou 18 anos, foi uma festa. Simplesmente, estavam reunidos Paulo Ricardo, José Batista de Oliveira Filho, conhecido por Zefa, Leivinha Oliveira, Zacarias Pena Verde, Ronaldo Affonso, Doro, Rondinelli, Israel, Raimundo, Gilson Campeão, Félix, Paulo Lira, Laura Vendas, Rose e toda a turma do comercial para tomar “umas” no bar do Aldrin, que ficava na confluência das ruas Duque de Caxias com Joaquim Nabuco. Foi um dos primeiros porres!!!
Essa turma, juntamente com Paulo Queiroz, José Jorcêne Martinez e outros jornalistas de projeção estadual, fazia questão de todos os dias tomarem “umas” no Aldrin. Detalhe, Telinha sempre estava presente. Era o caçula. A turma o defendia contra tudo e todos.
Foi dentro desse clima de amizade, sorrisos e muito trabalho que Telinha foi se tornando um profissional da Comunicação Social.
Lembro-me da vez que o escalei para integrar uma das equipes que ia fazer a cobertura carnavalesca de Porto Velho. Ficou tão encantado, que no outro dia se auto-escalou.
Mas, eu entendia que ele precisava crescer e, para tanto, o incentivei a um curso superior. Apostei e ganhei. Telinha se formou. Felicidade do pai Quintela e demais familiares.
Um dia chega pra mim e diz que pretende dar vôos mais altos. O incentivei. Foi para a Fecomércio e ganhou o mundo com sua competência profissional.
Hoje, quando lembro daqueles tempos, vejo que Papai do Céu é muito bom. Sou feliz em afirmar que, na medida do possível, o ajudei em sua trajetória profissional e, certamente, lá do Céu estão esperando o Telinha, comandados por Mário Calixto Filho, Sérgio Valente, Paulo Queiroz, Gilson Campeão, Valmir Miranda, Fernando Deisyvan, Jorcêne Martinez, Terezinha Barreto, Francisco Macedo, Múcio Calixto, Maurício Calixto e, finalmente, o seu pai – o fotógrafo Estevão Paz Quintela. Vai com Deus!!! Com seu sorriso irradie felicidade para os familiares e amigos que ficam. Até um dia, Telinha. Ah! Antes de esquecer. Dei o nome de Telinha no diminutivo de Quintela para não confundir com seu pai …
Autor Professor Antônio Queiroz
Fotos Arquivo do autor

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