Em razão das chuvas prolongadas das últimas semanas o início do plantio ficou comprometido, por isso a reivindicação dos produtores para flexibilização no período (90 dias). Como há preocupação com a situação, a comissão de Agricultura da ALE/RO está intermediando a negociação com a Idaron, que deverá expedir na próxima semana, documento, mas alertando que os 90 dias sem plantas vivas no campo seja respeitado.
A situação agrária de Rondônia também motivou várias intervenções dos participantes. Como o estado é hoje um dos maiores produtores de soja do Brasil (544 mil hectares de área plantada), a regularização fundiária é fundamental, não importando a sua dimensão, se a propriedade é pequena, média ou grande.
Com o aumento significativo do plantio, mais nas regiões de Porto Velho e Ariquemes, as pragas também se avolumaram como é o caso da ferrugem. Um dos problemas está relacionado às embalagens, que devem ser recolhidas pelos vendedores. Isso só ocorre com os fornecedores de Rondônia, com os de fora, não. Problema que deverá ser corrigido com o apoio dos deputados e governo do estado.
A aprovação da lei dos defensivos, que está tramitando nas comissões da ALE/RO, precisa ser aprovada com celeridade. Nela consta o correto recolhimento das embalagens sem prejuízos para o produtor e vendedores do produto. A questão dos furtos e roubos dos produtos também preocupa. A semente precisa ser depositada em lugar seguro com produtores e governo sendo parceiros para se evitar a ação dos marginais, que está entre as preocupações das famílias do campo.
O secretário Luiz Paulo afirmou, que o governo é parceiro dos produtores rurais e que “é uma ponte e não um muro sem distinção sobre pequeno, médio ou grande” e que está aberto a um trabalho conjunto. O gerente de Defesa Vegetal da Idaron, Jessé de Oliveira Júnior, alertou para uma situação importante. Segundo ele, há 20 anos a agência iniciou um trabalho pioneiro de combate à febre aftosa. “Hoje Rondônia está entre os poucos estados que comercializam carne sem vacinação”. O mesmo precisa ser feito na produção vegetal com uma legislação moderna e previsão de 20 anos.
Marcelo Lucas da Silva, da Aprosoja, disse que Rondônia é um estado jovem, em evolução, “um Paraná melhorado”. O zoneamento é fundamental e argumentou estar preocupado com comentários sobre mais tributação para o agro. “Somos contra. Rondônia não tem indústrias”, por isso a maior parte da sua economia depende do segmento, do porto no Rio Madeira, que precisa de uma nova legislação.
A vice-presidente da comissão de Agricultura, Cláudia de Jesus (PT), o vice-presidente da Aprosoja-RO, Simon Comiran, Júlio César Rocha Peres e Antonielly Rottoli também participaram da reunião.
Texto: Waldir Costa I Secom/ALE/RO
Foto: Rafael Oliveira I Secom ALE/RO