Durou pouco o governo de esquerda que foi eleito no Peru, após uma polarização semelhante à ocorrida no Brasil. Pedro Castillo, que sofria forte oposição de um congresso de maioria de políticos de direita, tentou radicalizar nos últimos dias e hoje anunciou, por volta de meio dia, a dissolução do Congresso Nacional.

A reação, já esperada, não demorou muito e quem perde o cargo foi justamente ele. A maioria absoluta dos parlamentares votaram por sua destituição e a vice-presidente, Dina Boluarte, foi acionada para assumir o poder.

Apoiado por Lula e o PT, Pedro Castilho era mais um dos políticos latino-americanos que haviam chegado ao poder recentemente, mas poucos acreditavam que ele pudesse ter êxito em qualquer movimento rumo a políticas de cunho socialista em meio a uma economia de mercado bastante próspera.

A destituição de Pedro Castillo vem repercutindo fortemente no Brasil, tanto por políticos de esquerda, que o apoiavam, quanto por políticos de direita que veem nessa queda um forte recado para o PT de Lula. Nas redes sociais, políticos brasileiros alinhados à direita, comemoram a queda de Castillo por considerar que deve refrear qualquer escalada autoritária da esquerda brasileira.

A exemplo do Peru, o Brasil tem uma forte economia de mercado e a sociedade não aceitaria medidas que afetassem a liberdade econômica ou medidas restritivas às liberdades individuais, como o controle de mídia e outras ações típicas de regimes autoritários de esquerda como as que estão ocorrendo principalmente na Venezuela e Nicarágua.

SEGUNDONEWS