Frustrou-se a expectativa da comunidade de Presidente Médici e região sobre algumas respostas que esperava ter do governador Confúcio Moura (PMDB), por meio dos meios de comunicação do Município. O político esteve na cidade, nesta quarta-feira (17) onde inaugurou o prédio da agência de rendas, da Secretaria de Estado de Finanças – Sefin, mas ignorou a imprensa local.
Ao ser informado pelo Cerimonial do Executivo Estadual de que os jornalistas pretendiam questionar uma série de itens que ainda não foram cumpridos referentes à última campanha eleitoral, Confúcio desistiu de conceder as entrevistas pré-agendadas e partiu em retirada. O governador nem se quer avisou que não enfrentaria os microfones e câmeras antes de sair.
O anseio maior pelas respostas sobre compromissos descumpridos era do radialista Josué Cerqueira, da Rádio Planalto (FM 92,7). Josué foi procurado com um dia de antecedência pela equipe cerimonialista de Confúcio para acertar a entrevista. Ao receber uma pauta pronta, o radiocomunicador concordou em tratar os assuntos, mas avisou que seus expectadores aguardavam por respostas a outros temas.
A deselegância, o destrato, a ignorância e o abuso com que o governador tratou a produção da Rádio Planalto foi repudiada com extrema decepção pelos jornalistas e radialistas das demais redações jornalísticas de rádio e TV da cidade. Josué Cerqueira, educadamente, se desculpou com os ouvintes, que são munícipes de Médici, Alvorada do Oeste, Ji-Paraná, Castanheiras, Urupá, Nova Brazilândia, Novo Horizonte e seus distritos e zona rural.
Após o programa “A Hora da Verdade”, em que Confúcio fugiu, o comunicador fez desabafo a milhares de seguidores, nas redes sociais. Nas postagens, Josué mostra como foi procurado para ceder o espaço na rádio e a preocupação do Governo em tratar apenas de assuntos confortáveis, para evitar atritos com a comunidade, inclusive, que Confúcio fosse perguntado sobre o surto da Dengue, em vez de cobranças à administração.
procurado para falar sobre quais assuntos motivaram a fuga repentina de Confúcio Moura de Médici, para não enfrentar a imprensa, Josué Cerqueira citou ao menos sete itens e disparou: “estive conversando com alguns colegas radialistas de outros municípios e me informaram que o governador tem o costume de impor sobre o que quer ser perguntado e isso nós não admitimos aqui, pois o programa é livre, aberto e feito para informar o povo”.
Conheça quais assuntos têm afugentado Confúcio Moura de Médici por não ter cumprido com os compromissos junto aos representantes locais, segundo avaliação do radialista:
1 – Compromisso de campanha feito com o deputado Luizinho Goebel (PV) de investir R$ 1,5 milhão na reforma da escola Humberto de Campos, do distrito de Tancredópolis, em Alvorada. A promessa era para que as obras se iniciassem no ano de 2015, mas não aconteceu nem tem previsão de acontecer.
2 – Também não foi cumprida a promessa feita no período eleitoral de que construiria e colocaria em funcionamento o quartel do Corpo de Bombeiros na cidade de Presidente Médici.
3 – Não deu previsão de resolução ao problema do serviço deficitário do transporte escolar rural em Médici. Atualmente, cerca de 30 ônibus se encontram apreendidos, pois são veículos sucateados que não passam em revistas de segurança e trafegabilidade do Detran local. Enquanto isso, pais estão revoltados e alunos à beira da estrada, aguardando condução para frequentar aulas.
4 – Confúcio prometeu e ainda não cumpriu, que incluiria o município de Médici na referência de atendimentos do Hospital Regional de Cacoal. Até o momento, os pacientes de média e alta complexidade são levados à Porto Velho, enquanto que, a menos de 70 quilômetros, a gestão estadual disponibiliza os mesmos serviços.
5 – O governador também vem prendendo as emendas dos deputados estaduais, indicadas a Médici. Um exemplo é a construção do muro no cemitério em que Confúcio se comprometeu em liberar uma emenda do ex-deputado Claudio Carvalho (PT) em reunião com vereadores e a prefeita do município.
6 – Confúcio também deixou o Município com sérios apuros financeiros ao não cumprir com as despesas do evento denominado JIR- Jogos Intermunicipais. Os gastos foram da ordem de R$ 300 mil e tiveram de ser arcados pela prefeitura. O governador prometeu repor o recurso, mas até o momento não o fez, segundo apurou Josué.
7 – O governador ainda não pagou as emendas indicadas pelos deputados Laerte Gomes (PEN), no valor de R$ 300 mil e Édson Martins (PMDB), na casa dos R$ 120 mil. Os recursos foram destinados pelos parlamentares ao recapeamento das vias urbanas da cidade.
Autor: Willian Luiz/Estado Central
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