greve dos professores da rede pública municipal de Vilhena (RO) distante 700km de Porto Velho, ‘flopou’ após 10 dias. Mesmo obtendo significativo apoio da população, os educadores não conseguiram os 14,9% de reajuste previstos no PCCS da categoria, que vem sendo solenemente ignorado pelo prefeito, Delegado Flori, que também é servidor público de carreira.

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Os professores alegam que o município tem recursos disponíveis em caixa, não fosse a obsessão do prefeito em manter um contrato milionário com uma instituição de saúde do interior de São Paulo que recebe pouco mais de R$ 8 milhões por mês para gerenciar algumas unidades da rede de saúde da cidade. Este, segundo os educadores, seria o motivo da falta de recursos da prefeitura.

A acusação é engrossada pela vereadora Professora Vivian Repessold (PP), que cobra transparência do prefeito em relação às contas municipais. Por isso ela encampou um movimento para abertura de uma CPI que precisava de cinco assinaturas, ela conseguiu quatro, sendo ela uma das requerentes. Os educadores conseguiram colher ainda mais de 800 assinaturas na cidade, pedindo a abertura das investigações, e mesmo assim os vereadores preferiram ignorar. Além disso, o prefeito também ameaçou revogar o PCCS caso a CPI fosse aberta, além da ameaça de ‘renunciar o cargo’.

Em vídeo divulgado nas redes sociais na manhã da última segunda-feira, 4, a vereadora, que também é professora municipal, “enquadrou” seus colegas de parlamento ao solicitar mais uma assinatura para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os gastos públicos na gestão do prefeito Flori Cordeiro (Podemos), em Vilhena.

Olá meus colegas. Hoje tivemos a reunião das Comissões, onde eu trouxe, novamente, o texto da CPI para conseguirmos mais uma assinatura. Até o momento temos apenas quatro: dos vereadores Samir, Clérida, Ronildo e a minha. Então, deixo um pedido pra vocês: amanhã temos sessão na Câmara, que vocês possam estar presentes, pra quem sabe, juntos, possamos ter mais uma assinatura. Só falta uma. Então, fica aqui o meu pedido para que essa CPI seja aberta e possamos, realmente, defender a Educação com a transparência que ela merece”, disse a parlamentar.

Bravatas à parte, fato é que o caso deverá ir parar no Tribunal de Justiça, já que segundo a vereadora, o Sindsul deve buscar a reparação. Legalmente os professores estão amparados, parece que o que falta realmente em Vilhena é o prefeito reconhecer seus limites como administrador e buscar recursos através de projetos, ao invés de empurrar a responsabilidade para os outros.