Ainda este mês, o Hospital de Base Ary Pinheiro, um dos maiores da Amazônia Brasileira, será também um dos mais seguros, com a instalação de catracas eletrônicas. “Evoluímos também no aspecto de segurança, um fator diariamente considerado quando se trata de evitar problemas graves”, comentou o diretor do HB, médico Nilson Paniágua.
Enquanto a empresa Soltech testa os equipamentos na entrada do hospital, a direção está organizando a identificação de 2,7 mil servidores – corpo clínico, enfermagem, almoxarifado, coordenadores e atendentes em geral – e providenciando jalecos brancos para todos eles.
“Quem entra e quem sai? O controle eletrônico revelará isso corretamente. Esse sistema dá mais segurança para nós, sobretudo para os pacientes”, disse Paniágua.
Com mais de 600 pacientes internados, o HB dá direito a um acompanhante por turno, o que perfaz o total de 1,2 mil pessoas por dia no estabelecimento. Somando-se aos servidores de plantão, eles são pelo menos 2,5 mil.
Servidores só terão acesso às alas restritas se estiveram devidamente identificados pelo crachá e pelo jaleco. Visitantes receberão senhas (crachás) na portaria, e os devolverão quando deixarem o hospital.
O acesso às clínicas é facilitado a todas as pessoas identificadas na entrada, bastando apenas a abordagem inicial.
Com o atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS), presidiários também são escoltados e atendidos nas enfermarias. “São pacientes de justiça que adoecem nos presídios, vêm para cá, e, por um motivo ou outro, nos exigem todo cuidado, seja em benefício deles ou das demais pessoas que estão aqui dentro”, considera o diretor.
Pessoas portadoras de deficiências, especialmente cadeirantes, irão dispor de entrada especial.
Serão instaladas roldanas e cancelas nos portões laterais e uma barreira com funcionários fará revezamento nos controles diurno e noturno. Ela dá acesso às 18 enfermarias do HB.
HIGIENE
Segundo Paniágua, a exigência de identificação de visitantes permite, ao mesmo tempo, o controle de assepsia no hospital. Evita-se, por exemplo, a entrada de visitantes com ferimentos expostos, ou com doenças transmissíveis, sem que antes passe por atendimento clínico.
Segundo a doutora Beatriz Souza Dias, médica de grande experiência no controle de infecções hospitalares e que trabalha no Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo e no Hospital Sírio-Libanês, o hospital funciona como um centro onde bactérias, vírus e muitos outros microrganismos podem ser transmitidos de uma pessoa para outra.
“Volta e meia, temos notícia de casos de infecções adquiridas durante a internação hospitalar, ou mesmo após a alta. São considerados pacientes de risco, além das crianças e os idosos, portadores de diabetes, pacientes com o sistema imunológico deprimido, os que usaram antibióticos por prazo longo, ou foram submetidos a procedimentos invasivos como cirurgias, colocação de sondas ou de cateteres, entubação, etc”.
Com isso, conforme explica o médico Nilson Paiágua, é possível reduzir bem o número de infecções hospitalares e de outras infecções, a partir do momento em que for posto em prática um hábito simples de higiene: a lavagem das mãos.
Nesse sentido, a direção do HB está preparando um sistema de informações [com uso de televisores] para funcionários e visitantes. Profissionais de saúde, visitas, parentes, acompanhantes devem ter o cuidado de lavar bem as mãos para não servirem de veículos dos agentes de contaminação.
A triagem de pessoas se estende ainda ao estacionamento, que serão controlados por cartão semelhante aos que funcionam nas cancelas de acesso e saída do Palácio Rio Madeira, sede do Governo de Rondônia.
VISITAS
Cada bloco do HB tem horário específico de visitas. À tarde elas podem ser feitas em quatro horários, das 13h30 às 17h.
O horário diurno atende somente ao funcionamento da UTI neonatal, berçário e Método Canguru. “Nesse caso, o visitante pode permanecer o dia todo no hospital. Já os pacientes que vêm para o centro obstétrico e para o alojamento conjunto da maternidade terão livre acesso, após o cadastramento na entrada do prédio”, explicou Paniágua.
Fonte
Texto: Montezuma Cruz
Fotos: Admilson Knightz
Secom – Governo de Rondônia