Porto Velho, RO – Amanhã, sexta-feira (21), 80 dias ininterruptos de mandato serão alcançados pela nova safra de deputados federais e senadores da República eleitos no pleito de 2022.
Da turma renovada por Rondônia, entre os oito congressistas recém-chegados a Brasília – também contando os representantes retornando ao ofício –, lamentavelmente o mais apagado é justamente o ex-líder da bancada passada, o emedebista Lúcio Mosquini.
A despeito da posição privilegiada na Mesa Diretora eleita em 2023, encabeçada pelo presidente Arthur Lira, do Progressistas de Alagoas, Mosquini, pouco representa na condição de 4º secretário.
Seu ofício é insípido, inodoro e incolor para os rondonienses, e, por sua vez, à unidade federativa do Norte que lhe conferiu uma nova oportunidade de representá-la no Congresso Nacional.
Não se sabe uma posição política. Não se tem ideia dos seus projetos. Não se percebe qualquer movimentação positiva para benefício do Brasil em termos gerais nem tampouco a Rondônia.
É uma decepção.
Também dos que regressaram, Coronel Chrisóstomo, do PL, é outro que optou pelos exageros retóricos e histriônicos, transmutando-se, em pouco mais de quatro anos, num personagem enfadonho de si mesmo.
Um político que só consegue se expressar aos berros, crendo que respeito é talhado à base do medo. E medo, convenhamos, é o último sentimento despertado em opositores que o enxergam mais como um tipo jocoso e caricato. Essa imagem, inclusive, não poderia estar mais distante da condição de ameaça que ele acredita ser aos adversários.
Mesmo defendendo pautas conservadoras, como o colega gritão, se saem muito melhor no quesito Thiago Flores, do MDB, e Cristiane Lopes, do União Brasil.
O ex-prefeito de Ariquemes Flores parace mais preocupado em achar, por exemplo, ações afetivas para assuntos sérios como segurança nas escolas públicas do Brasil e regularização fundiária.
Cristiane, do mesmo jeito. Apesar de se envolver em polêmicas comportamentais, a deputada está engajada em soluções para a saúde, a CPMI do 08 de Janeiro, educação e a fim de melhorar a vida dos pequenos produtores.
Destaque especial para Sílvia Cristina, do PL. Sua luta incessante por mais hospitais em Rondônia já a credenciam, muito provavelmente, para figurar entre os melhores deputados de todos os tempos eleitos pelo estado.
A garra em não só providenciar recursos, mas especialmente no sentido de correr atrás para assistir de perto a execução dessas obras, a insere num panteão especial de representantes de população brasileira que fazem jus à vontade expressa nas urnas.
Já os demais, o trio do União Brasil, como Fernando Máximo; Maurício Carvalho e Lebrão (União Brasil) atendem às expectativas de suas bases, com olhos voltados mais à Capital em relação aos dois primeiros.
Há tempo de se exigir mais energia e dedicação. São apenas 80 dias, afinal. Menos de três meses. Lado outro, período suficiente para a apresentação de um cartão de visitas.
Lembrando que a primeira impressão é que fica.