Este Natal chega de forma diferente, mais silencioso e reflexivo. Converso, falo, sigo adiante — muitas vezes como uma forma de disfarçar a saudade e a tristeza que moram no coração.
A ausência do meu pai, Roque Lobato, que nos deixou recentemente, ainda é muito presente. Pela primeira vez, vivemos o Natal sem sua presença física, sem sua palavra firme, seu olhar atento e seu jeito simples de estar junto. A dor é real, mas também é real a gratidão por tudo o que ele foi e pelo legado que deixou para nossa família.
Essa saudade se soma a outra, antiga e profunda: a da minha mãe, que perdi ainda muito jovem, aos 15 anos, em 20 de dezembro de 1973. Uma perda que o tempo não apaga, apenas ensina a conviver. Ela partiu cedo demais, mas deixou marcas eternas de amor, cuidado e ensinamentos que me acompanham até hoje.
Neste Natal, compartilho esse sentimento com meus irmãos Luzia Sales Lobato, Lucenir Sales Lobato e Lucinei Sales Lobato. Somos unidos pela mesma história, pelos mesmos valores e pela certeza de que o amor que recebemos de nossos pais segue vivo em cada um de nós.
Pai e mãe ausentes fisicamente, mas presentes na memória, na formação do nosso caráter e na caminhada da nossa família. A saudade dói, mas também fortalece, porque nasce do amor verdadeiro.
Que este Natal seja de acolhimento, fé e reflexão. Que Deus conforte os corações de todos que, como nós, sentem a ausência de quem amam. E que possamos honrar aqueles que partiram vivendo com dignidade, respeito e amor ao próximo.
Eles vivem em nós.
E isso ninguém jamais poderá tirar.


