Religioso é apontado como alvo de eventual CPI das ONGs do Centro de São Paulo, cujo requerimento foi protocolado na Câmara Municipal em dezembro
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes ligou para o padre Júlio Lancellotti na noite de quinta-feira (4) para prestar “solidariedade e apoio”, após o nome do religioso ter sido apontado como alvo de um pedido de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara Municipal de São Paulo.
“Ontem à noite, o ministro Alexandre de Moraes me ligou, eu fiquei muito sensibilizado com essa ligação. Ele manifestou solidariedade, apoio, porque eu conheço o ministro Alexandre de Moraes há mais de 30 anos, desde o seu trabalho aqui em São Paulo, na Secretaria da Justiça e na Segurança Pública”, disse.
“Ele disse que está juntando todas as informações e, para isso também, ia conversar com o presidente da Câmara Municipal de São Paulo, que manifestava apoio e solidariedade e, naquilo que fosse necessário, que nós o acionássemos.”
De acordo com o padre, o objetivo da conversa de Moraes com o presidente da Casa, vereador Milton Leite (União), é “entender como é que está funcionando, porque se fala da CPI, mas ela é uma proposta, ela não está nem ainda votada no colégio de líderes e nem no plenário. Ela ainda precisa passar por todo um ritual institucional e, depois, há outras 44 CPIs propostas. A Câmara só pode instalar cinco por vez e tem três em funcionamento nesse momento”.
O requerimento para abertura de CPI é de autoria do vereador Rubinho Nunes (União) e foi protocolado em 06 de dezembro. A expectativa de Nunes é de que a comissão seja instalada no início do calendário legislativo, em fevereiro.
Na justificativa, o parlamentar afirma que a CPI buscará “examinar as atividades desempenhadas e se elas estão sendo executadas de maneira satisfatória” pelas ONGs que atuam na região da “Cracolândia”, na capital paulista.