Emídio Batista Leite chegou à Vila de Rondônia em 1968, e foi o comércio dele, pintado com óleo queimado, que deu origem ao nome do bairro, em Ji-Paraná.
oberto Gutierrez – Emídio Batista Leite estava internado no HCR em Ji-Paraná e morreu na manhã de hoje, quatro dias após ter completado 93 anos de idade. A causa da morte não foi informada. O corpo do Pioneiro está na Funerária Pax Nacional e será velado a partir das 14 horas no Palácio Maçônico Jovem Gonçalves Vilella, em Ji-Paraná. O enterro acontece amanhã, às 9 horas, no Cemitério da Saudade.
Emídio deixa a esposa Antônia do Bonfim Leite, os filhos Sônia, Sirley e Sérgio, Netos e bisnetos.
O fato de as madeiras usadas para a construção do comércio terem sido imburana, Emídio conta que ficou preocupado com o ataque de cupins. Foi aí que o óleo queimado doado por Zé Otônio, que acabou sendo a referência que originou o nome do bairro Casa Preta.
Emídio Batista Leite chegou à Vila de Rondônia em 1968, e foi o comércio dele, um salão na esquina das ruas Padre Adolf com a Mato Grosso, pintado com óleo queimado que foi doado por José Otônio Lima Silva, que deu origem ao nome Casa Preta, por sugestão de Luiz Bernardi. O salão comercial era uma referência de localização numa época em que não havia nome das ruas e nem nome de bairro na Vila de Rondônia.
O Livro “Os Pioneiros’, do jornalista João Vilhena, editado no início da década de 1990, traz um pouco da história de Emídio Leite, quando ele chegou a Porto Velho e, lá encontrou um seringueiro chamado Esperidião que havia dito que as terras entre o seringal Jaru e à Vilha de Rondônia eram as melhores. Esta informação somava-se à confirmação de que o Ibra, por intermédio do Capitão Silvio de Farias, coordenava um serviço topográfica de demarcação de terras nessa região que seriam destinadas à colonização. Dois anos mais tarde, 1970, o Ibra se instalava em Ouro Preto tendo à frente Assis Canuto, que dava início à distribuição de terras para a colonização e reforma agrária. Só em 1971 que surgiu o nome Incra – uma junção do Inda e do Ibra.
No Livro, Emídio contou a João Vilhena que comprou uma área de um sujeito chamado Sergipano e que vendeu esse pedaço de terra porque estava indo embora da Vila de Rondônia. Emídio também releva nesse livro que Sérgio era o único dos filhos que nascera em Ji-Paraná.
Fonte: folhaderondonianews