Apesar do fim do jejum de vitórias, o time da capital francesa perdeu o brasileiro Neymar, que deixou o campo chorando após levar pancada dura e torcer o tornozelo direito.
Com grande dose de sofrimento, o técnico Christophe Galtier ganhou uma sobrevida no Paris Saint-Germain. Neste domingo, o ameaçado treinador viu sua equipe abrir 2 a 0 diante do Lille, no Parque dos Príncipes, dando enorme passo para findar com a série de três derrotas seguidas, mas acabar levando a virada e voltar a ficar ameaçada. No fim, porém, nova remontada. Mbappé empatou aos 43 e, nos acréscimos, Messi garantiu o alívio ao bater falta com categoria e garantir o 4 a 3. Apesar do fim do jejum de vitórias, o time da capital francesa perdeu o brasileiro Neymar, que deixou o campo chorando após levar pancada dura e torcer o tornozelo direito.
Neymar virou o pé antes de ir ao chão. A lesão é parecida com a que sofreu na Copa do Mundo do Catar e o tirou de campo na seleção brasileira por 10 dias – voltou sem ritmo contra a Coreia do Sul. Caso a recuperação seja semelhante, ele não desfalcará o PSG no duelo de volta das oitavas de final da Liga dos Campeões, diante do Bayern, em Munique, daqui 17 dias. Mas se tornou preocupação.
A vantagem do PSG na liderança do Campeonato Francês subiu para oito pontos (57 a 49) sobre o Olympique, que ainda enfrenta o Toulouse neste domingo antes do confronto direto da próxima rodada, em Marselha.
Vindo de três derrotas seguidas (2 a 1 para o Olympique de Marselha na Copa da França), (3 a 1 para o Monaco, no Francês) e (1 a 0 para o Bayern na Liga dos Campeões), o ameaçado técnico Christophe Galtier apostou na escalação do trio de estrelas Neymar, Messi e Mbappé desde o começo para “salvar” sua cabeça.
A bola nem bem rolou no Parque dos Príncipes e Donnarumma já salvou o PSG, em defesa com os pés com somente 45 segundos. Em um recuo errado de Kimpembe, Jonathan Bamba quase abre o placar. O goleiro italiano fez milagre – ainda salvaria em nova finalização cara a cara do atacante do Lille.
O início sofrido ganhou ar de alívio pela qualidade das estrelas. Após Messi parar no goleiro, Mbappé pedalou para cima de dois defensores, mandou entre as pernas de Djalo e abriu o placar aos 11 minutos. Logo depois foi a vez de Neymar tabelar com Vitinha e ampliar. Abrir 2 a 0 com 17 minutos era tudo o que Galtier sonhava.
Mas a defesa da equipe de Paris, sem o brasileiro Marquinhos, ausente por causa de dores musculares, não estava em dia iluminado. Para piorar, o lateral Nuno Mendes ainda saiu machucado. E o Lille voltou para o jogo com gol de cabeça de Diakité, livre na área, aos 24. Os visitantes cresceram e chegavam com perigo a todo instante, fazendo por merecer o empate antes do intervalo, o que não ocorreu.
Logo no começo do segundo tempo, no círculo central, Neymar levou uma pancada de Benjamin André por trás, na panturrilha, e caiu, gritando de dor após torcer o tornozelo direito. Após longo atendimento, não conseguiu fincar o pé no chão, mesmo amparado por Mbappé e os médicos. Saiu de campo na maca, com mãos no rosto e lamentando muito mais uma lesão. Etikike entrou em sua vaga.
O PSG perdeu o brasileiro e a vantagem no placar. O empate que já era merecido para o Lille no primeiro tempo veio aos 13 da segunda etapa em pênalti bastante questionável em leve puxão de Verratti na área. O VAR não revisou o lance, respeitando a decisão do árbitro, e Jônatas David bateu com categoria para fazer 2 a 2. O resultado que já era péssimo ficou ainda pior após lançamento longo encontrar Bamba, livre. O atacante bateu forte, desta vez superando Donnarumma.
O PSG tinha somente 20 minutos para reagir e evitar nova frustração em casa – vinha de 1 a 0 para o Bayern de Munique. Mbappé empatou no fim, mas o resultado ainda era ruim. Uma falta aos 51 minutos, porém, acabou custando caro aos visitantes. Messi ajeitou com carinho e bateu com categoria, para alívio da torcida e de Galtier em Paris.
Fonte ESPORTEAOMUNDO