CEREJEIRAS (RO) – A médica Sônia Valadares dos Santos, de 44 anos, que morreu em um acidente trágico ocorrido na zona rural de Pimenteiras, na tarde de domingo, véspera de Natal, se formou há pouco mais de um ano no Paraguai e atuava na cidade de Ascurra, em santa Catarina.
Nascida em Cerejeiras, Sônia, que sonhava ser médica e, já adulta, quando residia na cidade de Tangará da Serra (MT) com os pais, há cerca de 15 anos, se sacrificava de motocicleta para estudar o curso técnico de enfermagem em Diamantina, levando consigo o filho João Carlos Valadares Cidálio, que também faleceu no acidente, mas na época ainda era um bebê.
Após se formar, Sônia começou a trabalhar no SAMU da cidade, onde chegou a ser coordenadora, até que se mudou com o filho João para o Paraguai, onde realizou o sonho de se formar em medicina. Junto com o filho, Sônia vendia bolos para pagar a faculdade.
Nesta época, contava com a ajuda do atual marido.
O sonho de Sônia sempre foi voltar a residir em Tangará e de férias, saiu de Ascurra (SC), onde atualmente residia com o marido, o filho e a enteada e onde atuava como médica em uma unidade de saúde pública, resolveu revisitar o passado, como que numa despedido inconsciente.
Passou em sua cidade matogrossense -Tangará da Serra – e de lá trouxe consigo alguns familiares, chegando até Cerejeiras para visitar o restante da família que lá reside.
Todos muito animados com a presença da agora doutora Sônia, seguiu-se no carro dela para uma pescaria na zona rural e Pimenteiras, quando, a meio caminho, o carro despencou de uma ponte, caiu no rio e os cinco ocupantes morreram afogados.
Faleceram Sônia, com o filho João Carlos, agora com 22 anos, o irmão Marcos Valadares dos Santos, de 46, e o filho dele, Guilherme Valadares Guimarães dos Santos, de apenas 9 anos. Também morreu no acidente Leice Cândida Oliveira Santos, de 43 anos, que era irmã de consideração de Sônia.
A reportagem do Folha do Sul on Line falou com a enteada de Sônia, Mariana de Azevedo Campos, uma vez que teve acesso a postagens afirmando que a família precisava de ajuda para o translado dos corpos para Tangará, que ficava em R$ 40 mil.
No entanto a jovem relatou que o translado já foi realizado, estando os corpos das cinco vítimas já no Mato Grosso, onde residem os pais de Sônia e onde todos serão sepultados.
Porém, devido aos gastos, a família ainda precisa de ajudar para custeio do funeral e sepultamento, que ocorre na tarde desta terça-feira, 26, assim como, para ajudar as duas filhas que Leice deixou e que são menores de idade.
Qualquer valor doado será de grande ajuda para a família, uma vez que Sônia atuava há pouco tempo como médica e havia financiado o carro que deu perca total no acidente.
Segue o Pix para qualquer valor em doação. Telefone 65 99676 7344 em nome de Mariana de Azevedo Campos.
Todas as informações sobre a história de Sônia foram baseadas em postagens de amigos íntimos realizados em redes sociais, assim como, da página oficial da prefeitura de Ascurra/SC, que emitiu uma nota lamentando a morte da servidora.
Fonte: Folha do Sul
