Entre as propostas apresentadas no documento estão a de que o governo trabalhe para garantir a importação de fertilizantes
O senador Acir Gurgacz (PDT-RO) apresentou nesta quarta-feira, 16-02, no plenário do Senado Federal, uma síntese do documento produzido pela Comissão de Agricultura e Reforma Agrária, reunindo sugestões dos senadores e de especialistas para a solução da crise de fertilizantes que o país atravessa.
Gurgacz disse que o documento é resultado de duas audiências públicas realizadas pela Comissão de Agricultura no ano passado, nos dias 21 e 28 de outubro de 2021. O tema central dos debates foi a vulnerabilidade brasileira diante da dependência externa de fertilizantes, pois, conforme os dados apresentados, o Brasil importa mais de 80% do que atualmente usa em sua produção agrícola.
Entre as propostas apresentadas no documento estão a de que o governo trabalhe para garantir a importação de fertilizantes para as próximas safras, usando a diplomacia, novas operações comerciais, a revisão tarifária e o cumprimento dos acordos internacionais.
“O governo já está tomando algumas das medidas sugeridas, com abrir o diálogo com a Rússia, mas aguardamos outras medidas, principalmente a elaboração e implementação do Plano Nacional de Fertilizantes, que já era para estar pronto e sendo aplicado”, frisou Gurgacz.
Entre as propostas do documento também estão as de que o governo promova a exploração das jazidas nacionais de potássio, fosfato, nitrogênio e calcário, que são os minérios mais utilizados na indústria de fertilizantes.
“O governo precisa licitar a exploração dessas jazidas, incentivando a indústria nacional na produção de fertilizantes aqui no Brasil, com alterações tributárias para novos investimentos na produção e comercialização destes insumos”, frisou Gurgacz.
Os senadores também cobram novas linhas de crédito para inovação e produção de fertilizantes nacionais e também de bioinsumos. O documento foi entregue ao presidente da República e aos Ministérios relacionados, para as contribuições sejam incorporadas nas estratégias e ações do governo brasileiro.
Fonte: Igor Kraemer (assessoria)